— Juliana!Antes que Lucas pudesse reagir, Afonso já avançava na direção do laboratório.No instante seguinte, Lucas viu as chamas se espalhando pelo local!Sem hesitar, ele agarrou Afonso por trás, o jogando para os braços das pessoas ao redor, e correu direto para dentro do incêndio.O caos tomou conta de tudo. No fim, todos acabaram no hospital.Juliana foi levada para a sala de emergência.Naquele momento, Juliana estava concentrada em seu trabalho quando um funcionário ao lado cometeu um erro. Se o material dentro do recipiente vazasse, ele perderia as mãos para sempre.Sem pensar em sua própria segurança, sem sequer se preocupar com o que segurava nas mãos, Juliana reagiu no instante certo e corrigiu o erro com a máxima rapidez.Mas, ao mesmo tempo, uma faísca saltou, incendiando um fio suspenso no alto. O cabo queimado se rompeu, e os equipamentos pendurados nele despencaram, atingindo Juliana diretamente na cabeça.O laboratório pegou fogo. Juliana estava ferida. Afonso tentou
Os olhos de Afonso estavam vermelhos: — Mariana, sua mãe está mesmo bem? Você não está me enganando?Lucas olhou para Mariana e respondeu de imediato: — Pai, Mariana nunca mentiria para você. Minha mãe vai ficar bem.— Isso mesmo. — Mariana sorriu, um pouco sem jeito. — Assim que ela acordar, observamos por mais quatro horas e, se continuar tudo bem, ela pode ir para o quarto comum.Depois de garantir que Afonso estava acomodado, Lucas foi atrás de Mariana.— Minha mãe está mesmo fora de perigo? — Perguntou ele.Mariana mostrou os exames no celular. — Olha, aqui está o hematoma. Não é grande, então deve ser absorvido naturalmente. Por enquanto, não parece estar pressionando nenhum nervo. Mas quando se trata do cérebro, nunca dá para ter certeza absoluta. Agora, só nos resta esperar ela acordar.Sem dizer nada, Lucas a puxou para um abraço.Mariana ficou surpresa.Depois, tirou uma das mãos e deu leves batidinhas nas costas dele. — Não se preocupa, ela vai ficar bem.Lucas continuou a s
Antes, Lucas havia dito muitas palavras de arrependimento e promessas.Mas, não sei por que, agora, neste momento, quando Mariana ouviu, sentiu algo completamente diferente.Talvez as coisas envolvendo os pais de Lucas tivessem deixado todos tão pensativos.Neste momento, Mariana sentiu que talvez fosse possível acreditar no amor novamente.Lucas logo a soltou. — Vai cuidar de Didi. Nos próximos dias, eu não poderei ir. Preciso ficar com minha mãe.Mariana respondeu: — Didi vai ter alta essa tarde. Vou passar para ver sua mãe mais tarde, não se preocupe tanto.Lucas acariciou seu cabelo. — Vai lá.Mariana forçou um sorriso. — Agora é você me mandando embora.Lucas disse: — Se você ficar aqui, não vou conseguir me concentrar, vou ficar só pensando... em te abraçar.Mariana sentiu suas orelhas esquentarem e baixou a cabeça. — OK, vou indo então. Se precisar de algo, me liga.Ao voltar para o quarto, Mariana viu que Camila já havia chegado.Quando Lucas a ligou, ela correu para a sala de
Mariana sorriu e disse: — É assim que você fala dele? O cara é alto, bonito, tem dinheiro, tem tudo, como é que ninguém gosta dele?— Você sabe de alguma coisa? — Camila a olhou fixamente. — Alguém está tentando conquistar Sebastião?— Não, só falei por falar. Você deveria prestar mais atenção nele, viu? Vai que alguém o rouba de você, aí você vai chorar.— Coisa que pode ser roubada, definitivamente não é minha. — Camila respondeu. — Quando isso acontecer, vou dar um tchauzinho, sair com elegância, sem olhar para trás.Mariana voltou e logo a apressou a sair.Sebastião chegou para a buscar, e Camila obedeceu, saindo sem reclamar.Entrando no carro, Camila perguntou: — Mas você não tem reunião de acionistas hoje? Como ainda tem tempo para me buscar?Sebastião respondeu: — Já acabou.— Rápido assim?— Não tinha jeito, preciso buscar minha querida. — Sebastião sorriu. — Eu pedi para acelerarem.Camila inclinou a cabeça, o observando: — Sebastião, posso te perguntar uma coisa?— Claro, o
Mariana não sabia como responder.Parecia que a pessoa que mais precisava de consolo agora era Afonso.Mas como ela era mais nova, não sabia como o confortar.Ela acabou respondendo para Lucas: — Então, cuide bem deles. Se precisar de alguma coisa, é só me avisar.Lucas respondeu: [OK.]Depois disso, ele não mandou mais mensagens, provavelmente porque estava ocupado.Naquela noite, alguém bateu à porta de casa, e Mariana ficou surpresa ao abrir.— Por que você está aqui? — Mariana perguntou: — Como estão seus pais?Lucas entrou e perguntou: — Didi já dormiu? Está tudo bem, não está mais se sentindo mal, né?— Não, está ótima, já está dormindo.Só então Lucas falou: — Meus pais também estão bem. Meu pai chorou feito uma criança, minha mãe não aguentou ver isso, pegou na mão dele, e ele chorou ainda mais.— Seu pai deve estar se sentindo muito injustiçado. — Mariana ouviu e sentiu uma mistura de pena e vontade de rir. — Depois de tantos anos, sua mãe o ignorando, agora que ela sabe que e
Antes, ele sempre foi educado com ela, pelo menos por causa da dívida de gratidão por ter salvo sua vida.Agora...Esse tom dele era realmente frio e indiferente.Neste momento, Gisela sentiu que a decisão que tomou era a certa.Ela rapidamente disse: — OK, não importa o motivo. Se você realmente não quiser mais ter contato comigo, posso te pedir uma coisa?Lucas respondeu: — Eu já disse, qualquer coisa dentro das minhas capacidades, pode pedir.Gisela disse: — Lucas, se você me ajudar, que tal a gente deixar o passado pra trás?Lucas perguntou: — O que é? Diga primeiro, preciso ver se consigo fazer.— É algo relacionado aos negócios. — Gisela disse. — O projeto na Zona Leste, você pode ajudar a minha família a conquistar?Lucas deu um sorriso.Gisela percebeu que aquele sorriso era de desdém.Lucas disse: — Esse projeto é grande demais para a sua família.Nem mesmo ele poderia assumir sozinho sem considerar parcerias.Gisela insistiu: — Ou então, deixe a Família Teles participar.Aque
Os dois falavam baixo, mas, mesmo assim, Juliana acordou.Ao abrir os olhos, a primeira pessoa que viu foi Lucas.Ele estava no pé da cama, em uma posição mais visível.Já Afonso estava ao lado dela. O olhar de Juliana passou rapidamente por Lucas, mas quando encontrou Afonso, ali permaneceu.Lucas percebeu com clareza: sua mãe, sempre tão séria e reservada, teve o olhar iluminado por um brilho juvenil ao ver Afonso.Ela não disse nada, nem sequer sorriu, mas a alegria em seus olhos era inconfundível.Que bom.Naquele instante, Lucas sentiu que sua presença ali era completamente desnecessária.Seus pais, de fato, eram feitos um para o outro. Ele... era apenas um acaso.Mas, para falar a verdade, isso não o incomodava nem um pouco.Podiam o ignorar o quanto quisessem, desde que estivessem bem.Ele já não precisava mais de carinho ou atenção.Tudo o que desejava era que fossem felizes.Quanto a ele...Ele sabia que também encontraria sua própria felicidade.Quando Afonso viu Juliana o ol
No entanto, naquele momento, ele estava tão submisso.Lucas não suportava mais assistir.Ele então falou: — Mãe, vamos voltar para casa? Todos esses anos, eu nunca... nunca tive a chance de viver com meus pais.Afonso olhou para ele com gratidão.Juliana, ao ouvir suas palavras, finalmente levantou os olhos para ele.Lucas viu a umidade nos olhos dela.Afonso, percebendo a reação dela, de imediato entrou em pânico: — Se você não quiser ir, tudo bem...Juliana disse: — Não quero cortinas de veludo azul escuro no quarto.Afonso ficou em choque.Foi Lucas quem reagiu primeiro: — OK, vou pedir para trocarem agora mesmo.Afonso, com o coração transbordando de alegria, perguntou: — Juliana, concordou em voltar? É sério?Lucas, olhando para o pai, percebeu que ele parecia meio perdido.Ele então disse: — Pai, não pergunte mais. Se continuar insistindo, a mãe vai mudar de ideia.Na verdade, Lucas não sabia que, às vezes, o que estava na frente dos olhos foi difícil de enxergar, e quem estava d