Paulo resmungou baixinho:
— Não estou nem aí para o seu presente.
Mariana bateu levemente o galho na água:
— Então não vou te dar, tá?
— Você só faz para me irritar! — Paulo resmungou de novo. — Agora vai, me faz falta um amigo como eu!
— Tá, tá, não vou te irritar mais. — Mariana sorriu suavemente e logo se acalmou. — O outono chegou, e as noites estão mais frescas. Cuide-se, hein?
Paulo ficou preocupado com ela e deu mais alguns conselhos, até que finalmente desligou o telefone.
Mariana ficou ali por mais um tempo, depois colocou o galho ao lado, levantou-se, pegou um dos almofadões de pedra e começou a caminhar de volta.
Ao lado do riacho havia uma pequena aldeia, com cerca de cinquenta ou sessenta casas.
No entanto, a maioria dos jovens estava fora, deixando os idosos e as crianças para trás.
A aldeia ficava distante da cidade, e as crianças enfrentavam dificuldades para frequentar a escola.
Quando Mariana chegou, coincidentemente, uma professora de apoio estava prestes a sair, ent