Ainda com o olhar preso naquele teste, senti meu coração rasgar seu caminho até minha boca. Um frio anormal se apossou de meu corpo enquanto eu pensava apenas numa coisa: destruí minha vida.
Abracei minhas pernas, escondi minha cabeça e comecei a chorar. Chorei muito, chorei até sentir sufoco e a dor do meu coração se expandir pelo corpo todo, chorei e desejei que o tempo voltasse e que nunca o tivesse conhecido.— Evie? — a voz abafada de Tânia soou do lado de fora.
Respirei fundo e soltei um gemido que partiu do fundo de mim, para que percebesse que não estava em condições de proferir nenhuma palavra naquele momento. Me sentia desnorteada, junto com a ficha, meu humor caía lentamente quando ensopava o tecido das minhas calças de lágrimas.
— Evie, posso entrar? — insistiu e eu ergui minha cabeça, mas não conseguia falar.
Drenava lágrimas enquanto mordia meu joelho para abafar o barulho de choro, só