Paloma, era assim que você queria chamá-la.
Guadalupe, ao entrar no avião, derramou várias lágrimas, evitou olhar pela janela, ao pagar com aquele cartão preto, teve a oportunidade de ter acesso a um lugar na primeira classe. Ela sabia muito bem que esta seria a última vez que desfrutaria desses luxos.
Ao chegar ao seu lugar no avião, ela somente deixou seu corpo cansado cair no assento espaçoso, colocou o cobertor que estava lá, procurou em sua bolsa e tirou os fones de ouvido e o reprodutor que Emma lhe dera anos atrás, começou a tocar a música tentando se perder nas lembranças do que nunca mais seria.
A garota chorou em silêncio até adormecer. Era como se estivesse viajando ao passado, depois de cinco longos anos, voltando ao seu país.
Ela voltava com um bebê no ventre, fruto de um amor não correspondido e um coração partido, só que desta vez, o homem que o partiu lhe dera os melhores três meses de sua vida, mas por infortúnios do destino, ele se fora e ela nunca mais o veria.
Ela não conseguia evitar lembrar-se do dia em qu