– É que... ninguém presta nesse mundo, Nicholas? Ninguém mesmo?
Nico riu de novo. Parecia que com ele, nada nunca estava ruim e o sorriso nunca iria desaparecer de seu rosto.
– Ninguém. E eu não sou exceção, princesa.
– Se você sabe disso, por que não tenta mudar? – sussurrei.
Ele fez um barulho com a boca, e depois tragou de novo o cigarro e soprou a fumaça para cima.
– Porque eu sou humano – respondeu. – Somos humanos, Samira, todos nós. Humanos erram.
– Bela filosofia – debochei.
Nicholas deu de ombros.
– Mas é verdade, gata.
Suspirei.
– Eu sei.
Ficamos em silêncio. Longos minutos depois, Nico jogou o cigarro no chão e o apagou com o calcanhar.
– O que você vai fazer? – perguntou.
– Sobre?
– Sei