Roberto olhou para Kayra, incrédulo, como se não conseguisse acreditar no que acabara de ouvir. Seus lábios chegaram a se mover, tentando dizer algo, mas os policiais não deram a ele nenhuma chance.
Kayra permaneceu ali, imóvel, impassível, até ter certeza de que Roberto seria levado para prestar depoimento e não teria mais como insistir ou persegui-la. Só então, respirando fundo, pegou o celular e ligou para Gabriel:
— Você pode vir me buscar agora?
— Onde você está? Eu vou agora mesmo. — Respondeu Gabriel sem hesitar, sem sequer questionar o motivo, partindo imediatamente para encontrá-la.
Kayra ficou sozinha na calçada, o corpo frágil e encolhido, como se o menor vento pudesse levá-la embora.
Assim que Gabriel chegou, ela o olhou com um leve alívio, mas a preocupação ainda marcava seu rosto quando perguntou:
— O Professor Daniel está bem?
— Está sim, só um pouco confuso. — Respondeu Gabriel com suavidade, tentando tranquilizá-la. — Mas não se preocupe, eu expliquei tudo pra ele.
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