(Ponto de Vista de Elara)
Dois anos depois. Uma pequena cidade costeira no Oregon.
— Elena, você é uma operadora de milagres. — O cliente disse, admirando sua pintura recém-restaurada.
— Obrigada. — Sorri, guardando minhas ferramentas. — Lembre-se de mantê-la fora da luz solar direta.
Depois que o cliente saiu, olhei para mim mesma no espelho.
Cabelo curto e arrumado. Um rosto limpo e sem maquiagem. Uma camisa branca simples.
Ninguém jamais me reconheceria como Elara Vance, a mulher que morreu em um acidente de avião há dois anos.
Agora, eu era Elena Morrison, dona de um pequeno estúdio de design.
Antonio usou as conexões da família Torrino para criar uma nova identidade impecável para mim.
Elara Vance estava morta e enterrada, junto com seu passado infernal.
Mas algumas cicatrizes ficaram gravadas nos ossos.
Como os pesadelos que me acordavam toda noite: o cano frio de uma arma, os olhos indiferentes de Dante, a sensação metálica de algemas no meu pulso.
Como o medo físico de homens c