Poucos dias após o Natal, Amanda adoeceu. Ela estava com febre e delirava. Quando Amadeu chegou em casa, vindo do escritório de advocacia, levou um susto ao ver a pequena deitada na beira da cama, com a cabeça baixa e os longos cabelos derramados. Ela vestia um pijama de algodão e parecia abatida. Amadeu chegou a pensar que ela tinha sufocado.
Rapidamente, ele se aproximou e verificou sua respiração. Ela ainda respirava. Aliviado, Amadeu a pegou nos braços e tocou sua testa levemente quente. Não estava tão quente quanto ele temia.
- Amadeu, eu estou morrendo? - Amanda, fraca, piscou e perguntou com os lábios trêmulos.
- Que bobagem. É só uma febre baixa, vou pegar o termômetro. - Respondeu Amadeu, colocando o termômetro embaixo do braço dela e instruindo. - Deixe aí por cinco minutos, segure bem para não cair. Vou fazer canja.
- Eu não quero canja. - Amanda, encostada na cama, mordeu levemente o canto da boca e segurou a manga da camisa dele. Devido à febre, ela não sentia gosto de na