Os olhos de Rita tremeram, suas pupilas se fixando naquela aconchegante pintura aquarela de uma família de três.
- Amanda se sente solitária?
A garotinha, com as mãos no rosto, girou seus grandes e brilhantes olhos e acenou seriamente com a cabeça, dizendo de forma desolada:
- Sim! Amanda não tem amigos, e a mamãe nem volta de Marte para ver Amanda! A mãe de Juliana faz tranças bonitas para ela todos os dias, Amanda também quer que a mamãe faça tranças para mim.
Incapaz de segurar um sorriso, Rita levantou a mão e acariciou a cabeça de cogumelo adorável da garota.
- Amanda, seu cabelo é curto, não dá para fazer tranças.
Amanda fez um beicinho e disse com tristeza:
- É porque ninguém faz tranças para Amanda que o papai me levou para cortar o cabelo. Papai disse que não sabe como fazer tranças, papai é tão bobo.
Rita riu, imaginando Lucas tentando prender o cabelo da menina desajeitadamente, sem conseguir fazer uma trança decente. Ela tinha ouvido falar da forma autoritária como Lucas a