POV CELESTE
—Espere! Por favor, espere! —gritei com todas as minhas forças e corri para o ponto de ônibus. Mas o motorista não me ouviu e fechou a porta.
—Não! —gemei decepcionada, tremendo e sem fôlego. O ônibus foi embora quando eu estava a apenas alguns passos do ponto. Agora teria que esperar mais dez ou quinze minutos pelo próximo ônibus. Chegaria atrasada para o trabalho, algo que nunca havia acontecido. Ontem à noite, eu estava tão cansada que adormeci. Que tola fui ao esquecer de colocar o despertador.
Peguei o telefone da bolsa para enviar uma mensagem à senhora Longford avisando que chegaria atrasada. Eu estava verificando os contatos do meu telefone quando me deparei com o número de Theodore. Anotei seu número ontem à noite, apesar de não ter intenção de ligar para ele.
Theodore era nosso vizinho em Nova Jersey. Loiro, bonito, com covinhas, alto e magro.
Para mim, ele era o homem mais gentil que eu já havia conhecido. Tinha todas as qualidades que eu queria em um homem. Era