Capítulo 72

A respiração travou. Os olhos se arregalaram sem que pudesse controlar.

— O quê? — a voz saiu em choque, quase um sussurro que ecoou no silêncio sufocante do escritório.

Gael apenas assentiu, e a vergonha estampada em cada traço de seu rosto era mais forte do que qualquer palavra.

— Foi isso que me destruiu, Leandra. O que me fez calar durante tanto tempo. — a voz dele quebrou, e por um instante pareceu pequeno, frágil, esmagado pelo próprio passado. — Paulina manteve um caso com ele… e existe a possibilidade de Bruno e Breno serem meus irmãos.

Levei as mãos à boca, tentando conter o grito que subia pela garganta. O estômago embrulhou, a náusea queimando como ácido. A revelação era sufocante, impossível de assimilar de imediato.

— Isso… isso é doentio, Gael! — exclamei, a voz embargada, misto de incredulidade e horror. — Você tem noção do que está me dizendo?

Ele fechou os olhos, assentindo em silêncio. Seus ombros tombaram, como quem carrega um fardo insuportável.

— Sua mãe sabe diss
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