A respiração travou. Os olhos se arregalaram sem que pudesse controlar.
— O quê? — a voz saiu em choque, quase um sussurro que ecoou no silêncio sufocante do escritório.
Gael apenas assentiu, e a vergonha estampada em cada traço de seu rosto era mais forte do que qualquer palavra.
— Foi isso que me destruiu, Leandra. O que me fez calar durante tanto tempo. — a voz dele quebrou, e por um instante pareceu pequeno, frágil, esmagado pelo próprio passado. — Paulina manteve um caso com ele… e existe a possibilidade de Bruno e Breno serem meus irmãos.
Levei as mãos à boca, tentando conter o grito que subia pela garganta. O estômago embrulhou, a náusea queimando como ácido. A revelação era sufocante, impossível de assimilar de imediato.
— Isso… isso é doentio, Gael! — exclamei, a voz embargada, misto de incredulidade e horror. — Você tem noção do que está me dizendo?
Ele fechou os olhos, assentindo em silêncio. Seus ombros tombaram, como quem carrega um fardo insuportável.
— Sua mãe sabe diss