Cap. 25
Cap. 25
Mas não era tão fácil assim de se resolver.
Brenda entrou na sala de aula e a primeira coisa que encontrou foi a indiferença..
Gabriel já estava sentado, os olhos no caderno, a postura alinhada e os fones no ouvido. Não ergueu o rosto quando ela entrou, nem quando passou por ele, nem quando sentou ao lado. Não havia mais aquele movimento sutil de girar o corpo na direção dela, aquele olhar de canto. Não havia mais nada.
Ela tentou iniciar uma conversa duas vezes, baixinho, quase com medo de incomodar. As duas vezes, ele ignorou com a frieza de quem havia encerrado algo sozinho.
O tempo passou assim, amargo.
E mesmo na empresa, a rotina seguiu no mesmo compasso silencioso. No terceiro dia de volta ao trabalho, ele deixou uma pasta sobre a mesa dela sem dizer palavra. Era fina, com folhas organizadas e etiquetas coladas à margem.
Brenda olhou para ele, e finalmente perguntou.
— O que quer que eu faça com isso?
Gabriel manteve os olhos na tela do computador, sem olhá-la.
— Analis