George abriu a porta do carro e estava prestes a entrar, quando o homem atrás dele disse:— Que homem perfeito, até eu estou ficando interessado. Tenha cuidado na estrada.George ouviu a última frase e se lembrou da palavra "morte" que o maníaco mencionou antes. Ele franziu a testa, sentindo que algo não estava certo, mas, mesmo assim, entrou no carro e partiu.No caminho, ele tentou ligar para Jaqueline, mas descobriu que seu celular estava desligado, provavelmente por falta de bateria.Ele colocou o telefone de lado e dirigiu de volta para casa.Ele queria encontrar Jaqueline, queria esclarecer as coisas.Ele queria dizer a ela que a amava, que poderia esperar por ela para sempre, só que não queria mais guardar isso dentro de si!De repente, George percebeu que sua visão estava ficando embaçada, com muitas imagens sobrepostas, se tornando cada vez mais confusa.Uma forte tontura invadiu seu cérebro. Ele imediatamente parou o carro no acostamento, segurou a testa e sacudiu a cabeça co
Jaqueline permanecia de vigília no quarto do hospital.Cláudio estava parado na porta, com as mãos nos bolsos, olhando fixamente para ela. Suas sobrancelhas estavam levemente franzidas, e seus olhos pareciam conter um traço quase imperceptível de complexidade.Após alguns momentos de reflexão, ele entrou.Jaqueline virou a cabeça e, ao ver Cláudio se aproximando, se forçou a chamá-lo:— Tio.Cláudio respondeu:— Você tem ficado aqui com ele por muito tempo. Isabelly me disse que você nem almoçou, e agora já está quase escurecendo. Me deixe levar você para jantar.— Não tem problema, não estou com fome. — Disse Jaqueline, olhando ansiosamente para George. Ela queria ficar ali com ele.Caso contrário, pensava em como ele deveria estar assustado, sozinho, incapaz de se mover ou falar.Cláudio disse:— Eu sei que você quer ficar aqui com ele, mas no estado em que ele está, não vai adiantar nada você ficar sem comer ou beber. Além disso, ele ficaria preocupado. Você deve cuidar da sua saúde
Vendo a expressão desanimada de Jaqueline, Cláudio sorriu, um pouco constrangido, mas educadamente:— Desculpe, mencionar ele te deixou infeliz?Jaqueline respondeu:— Não estou infeliz, é só que já estou divorciada e não quero falar muito sobre ele.Jaqueline sentiu um aperto no peito. Ela raramente falava sobre Roberto em particular e nunca falava mal dele, mas aquele homem a interpretava mal, achando que ela o difamava por toda parte, quando na verdade ela nunca tinha feito isso.Mesmo naquele momento, ela não queria fazer isso.Cláudio assentiu:— Tudo bem, não falaremos mais sobre ele. Então, vamos falar sobre você. Você tem irmãos ou irmãs?Jaqueline balançou a cabeça:— Sou filha única, não tenho irmãos.— Ah, entendo. Então seus pais devem te amar muito, não é?Ao mencionar seus pais, Jaqueline sentiu uma pontada de tristeza:— Sim, mas infelizmente eles faleceram muito cedo.Se seus pais não tivessem morrido, ela e Roberto certamente nunca teriam se cruzado na vida.Ela pensou
No documento, constava que Jaqueline não era filha biológica deles, mas adotada.Cláudio sentiu uma leve contração interna, e entre suas sobrancelhas firmes e serenas, emergiu uma expressão de seriedade.Não demorou muito para Jaqueline voltar, porém ela parecia um tanto pálida.Cláudio levantou os olhos ao ver sua expressão e perguntou:— O que houve? Você está se sentindo mal?Jaqueline balançou a cabeça: — Não é nada.Ela estava grávida, e isso por si só já era desconfortável.— Quer que eu chame um médico para ver você? Você está muito pálida. — Disse Cláudio, com um tom de preocupação.Jaqueline respondeu: — Eu estou realmente bem, deve ser só preocupação com o George.Vendo Jaqueline insistir, Cláudio não quis pressioná-la.— Aliás, eu acabei de procurar notícias sobre seus pais, e eles são verdadeiros heróis. Se não fosse por eles, muitas pessoas teriam se machucado.Jaqueline disse: — Eles realmente são heróis no meu coração. Só é uma pena que eu não possa mais os ver.— Ele
Roberto chegou ao quarto de hospital onde Ângela estava internada e, ao entrar, viu a mulher segurando um vestido de noiva branco imaculado em seus braços, sorrindo radiante. Talvez pela imensa felicidade, sua cor facial parecia muito melhor.— Roberto, você chegou. — Ângela abraçou o vestido de noiva apertadamente. — Você realmente não me enganou... Este vestido é tão lindo! Eu amei! Mal posso esperar para usar.Roberto se sentou ao lado da cama, com uma expressão um tanto pesada.— O que houve, Roberto? — Ângela percebeu sua expressão sombria. — Aconteceu alguma coisa? O vestido de noiva não foi você quem deu?Roberto deu um leve sorriso:— Foi para você, que bom que gostou.Naquele momento, a cirurgia de transplante de coração dela era impossível. Jaqueline definitivamente não concordaria. Aquele homem era mais importante no coração de Jaqueline do que ele imaginava.— Roberto, por que essa cara de preocupação? O que aconteceu? Você pode me contar?— Ângela. — Roberto segurou a m
— Roberto, eu não quero morrer, eu quero viver para ser tua esposa, não quero apenas esses dias, por favor, me salva! Me salva, por favor! Implorou Ângela, sem se importar com nada além de estar casada com ele. Roberto havia dito que se casariam nos próximos dias, e ela estava feliz porque sabia que teria um coração, mas, de repente, lhe disseram que o coração não estava mais disponível.Se era assim, se casar com Roberto não fazia sentido algum, pois poderia morrer naquele dia ou depois! Ela não queria apostar sua vida apenas para realizar um sonho momentâneo, ela queria viver para ser a esposa de Roberto, o amando por toda a vida.— Se meu coração pudesse ser seu, eu te daria. — Roberto segurou firmemente a mão dela e disse, sombriamente. — Ângela, há coisas que estão além do nosso alcance.Se seu coração realmente fosse adequado para ela, ele provocaria um acidente de carro naquele momento para dar seu coração a Ângela. De qualquer forma, seu coração já estava dilacerado, sangran
Uma hora depois, um homem vestido de médico apareceu ao lado da cama dela, como sempre, usando uma máscara. Normalmente, ele usava uma máscara preta, mas naquele dia estava com uma máscara cirúrgica. Ângela perguntou: — Ouvi dizer que o coração do doador falhou, isso é verdade? — Foi isso que o Roberto te disse? — Heitor arqueou os lábios, esboçando um sorriso sarcástico. — Não foi isso que aconteceu? — Perguntou Ângela. Heitor se inclinou levemente e disse: — Verdade ou não, parece que esse coração não será transplantado para você. Ângela estava visivelmente agitada: — O que vamos fazer? Você prometeu que encontraria um coração para mim. — Eu encontrei, não foi? Mas agora não pode ser usado, a família não concorda de jeito nenhum! — O quê? A família não concorda? Roberto me disse que o coração do doador falhou! — Ele está te enganando. Vou te dizer a verdade, a família do doador é a Jaqueline, e o ferido é o novo marido dela, George. Ao ouvir o nome "Jaquelin
Jaqueline permaneceu ao lado de George por muito tempo, sem vontade de se afastar.Cláudio olhou para o relógio e fez um sinal com os olhos para Isabelly.Após os dois saírem, Isabelly indagou:— Tio, o que aconteceu?Cláudio respondeu:— Isabelly, leve Jaqueline para casa para ela descansar. Vou deixar alguém aqui cuidando de George.Isabelly expressou sua preocupação:— Mas acho que Jaqueline não vai querer ir.— Convença ela, caso contrário, ela vai passar a noite aqui sem nenhum benefício, apenas se desgastando. Peça para ela descansar bem e voltar amanhã.Isabelly, olhando confusa para Cláudio, questionou:— Tio, por que sinto que você se preocupa muito com a Jaqueline? Desde o começo, seu olhar para ela foi um pouco estranho.Embora Isabelly fosse geralmente descomplicada, ela era bastante observadora, caso contrário não teria percebido os sentimentos de seu tio por Jaqueline desde o início.Vendo Cláudio em silêncio, Isabelly insistiu:— Tio, o que houve? Você está insatisfeito