— Sra. Jaqueline, meu filho tem dez anos e precisa urgentemente de um transplante de rim. Os rins dele já não funcionam, ele faz diálise há muito tempo. Uma criança tão pequena sofrendo tanto, é realmente muito triste. Você não poderia ter piedade do meu filho e assinar o consentimento?— Sim, Sra. Jaqueline, meu marido é o sustento da nossa família. Com ele doente, toda a nossa família perdeu a esperança.Um grupo de pessoas se aproximou!Eles pareciam ser todos familiares dos pacientes.Aparentavam estar profundamente tristes, mas na realidade estavam sendo muito agressivos.Eles cercaram Jaqueline, falando incessantemente, levando a chantagem emocional ao extremo.— Saiam! Saiam do caminho! — Jaqueline tentou sair, mas estava cercada e não conseguia escapar.— Sra. Jaqueline, se coloque no nosso lugar. Se fosse você, certamente também estaria desesperada como nós.— Sim, meu filho tem apenas dez anos, ele tem uma vida inteira pela frente, mas seu marido já não tem chance.— Sra. Jaq
— Olha só o que você está dizendo! Seu irmão está quase morrendo, e você não quer usar os órgãos para salvar uma vida? Prefere que sejam cremados e enterrados? Como toda a sua família pode ser tão cruel?!— Por que só vocês duas mulheres estão aqui? Onde estão seus pais? Tragam um homem com quem possamos conversar. Mulheres são mesquinhas, vocês não conseguem discutir grandes assuntos!Isabelly ficou extremamente irritada:— Vocês são simplesmente estúpidos e maus, nem sabem quem é o responsável pelas decisões médicas. Eu lhes digo, mesmo se meus pais estivessem aqui hoje, eles também não concordariam!— Como você ousa nos insultar? Quem você está chamando de estúpida e má? Na verdade, são vocês que são estúpidas e más.— Vocês duas mulheres, tão ferozes, é óbvio que não sabem considerar o quadro geral!As vozes ao redor não paravam de gritar com raiva. Jaqueline estava tonta, com a testa coberta de suor fino!As emoções em seu peito eram como lava borbulhante, rolando e girando, a pre
O olhar de Cláudio voltou a pousar em Jaqueline. Ao ver seu estado, ele sabia que ela certamente estava sob grande pressão.— Não se preocupem, com minha presença, ninguém mais irá incomodar vocês. Trouxe alguns dos melhores médicos para fazer uma consulta sobre o estado do seu irmão, para ver a situação.Jaqueline fixou o olhar no homem à sua frente, sentindo uma estranha sensação de familiaridade e estranheza ao mesmo tempo. Ela tinha certeza de que nunca havia o visto antes, mas aquele homem parecia imponente e autoritário, e até mesmo os policiais o tratavam com grande respeito, indicando que ele certamente não era uma pessoa comum.— Jaqueline, certo? — Cláudio olhou para Jaqueline. Antes de chegar, Isabelly já havia explicado a situação para ele pelo telefone.Jaqueline respondeu com um aceno.— Quanto ao que aconteceu com George, com certeza farei com que seja investigado a fundo. Não vou deixar que algo assim aconteça sem motivo. Agora você é a esposa dele, e de acordo com a le
— Tio, você está interessado nos assuntos de Jaqueline?Ela sentiu que, desde o início, o olhar de Cláudio para Jaqueline parecia um pouco anormal.Essa anormalidade, ela podia sentir, não era de má intenção.Era mais como o olhar de alguém que via uma pessoa conhecida depois de muitos anos.Cláudio franziu o rosto, fingindo desagrado:— O quê? Eu não posso nem perguntar? Daqui a pouco não vou poder perguntar sobre seu marido também? Desperdicei meu amor por você.— Não é isso, tio. — Isabelly se apressou em dizer. — Se você quer ouvir, eu conto. Vamos encontrar um lugar para sentar.Isabelly puxou Cláudio para longe....Jaqueline se debruçou sobre a cama do hospital, olhando tristemente para George.— George, você consegue me ouvir? Eu realmente espero que você acorde. Seja um milagre, por favor? Se você puder acordar, eu farei o que for, prometo que nunca mais vou te deixar irritado. George, eu já falei tudo para o Roberto, já recusei ele, por favor, não fique mais bravo comigo. Aco
Heitor perguntou, confuso:— Por que você diz isso? Vocês brigaram antes do acidente?Jaqueline suspirou:— Se pode dizer que sim. Se tivéssemos ficado calmos naquele momento, teria sido melhor. Sinto cada vez mais que o acidente de George é minha responsabilidade.— Não se culpe de jeito nenhum. — Heitor se agachou. — Como poderia ser sua responsabilidade? Quando algo assim acontece, só podemos dizer que quem o machucou é realmente muito mau.Jaqueline falou amargamente:— Mas ainda estou muito triste. Se eu tivesse outra chance, certamente faria de tudo para impedir ele de sair, faria qualquer coisa.Heitor deu um tapinha suave no ombro de Jaqueline para confortá-la:— Irmã, não se culpe tanto. O desenvolvimento de algumas coisas não está sob seu controle, você também não queria que isso acontecesse.Ele pensou que ela era realmente uma mulher tola.Ele já tinha George em sua mira há muito tempo. Mesmo se não existisse uma pessoa chamada Jaqueline neste mundo, George ainda estaria ac
George abriu a porta do carro e estava prestes a entrar, quando o homem atrás dele disse:— Que homem perfeito, até eu estou ficando interessado. Tenha cuidado na estrada.George ouviu a última frase e se lembrou da palavra "morte" que o maníaco mencionou antes. Ele franziu a testa, sentindo que algo não estava certo, mas, mesmo assim, entrou no carro e partiu.No caminho, ele tentou ligar para Jaqueline, mas descobriu que seu celular estava desligado, provavelmente por falta de bateria.Ele colocou o telefone de lado e dirigiu de volta para casa.Ele queria encontrar Jaqueline, queria esclarecer as coisas.Ele queria dizer a ela que a amava, que poderia esperar por ela para sempre, só que não queria mais guardar isso dentro de si!De repente, George percebeu que sua visão estava ficando embaçada, com muitas imagens sobrepostas, se tornando cada vez mais confusa.Uma forte tontura invadiu seu cérebro. Ele imediatamente parou o carro no acostamento, segurou a testa e sacudiu a cabeça co
Jaqueline permanecia de vigília no quarto do hospital.Cláudio estava parado na porta, com as mãos nos bolsos, olhando fixamente para ela. Suas sobrancelhas estavam levemente franzidas, e seus olhos pareciam conter um traço quase imperceptível de complexidade.Após alguns momentos de reflexão, ele entrou.Jaqueline virou a cabeça e, ao ver Cláudio se aproximando, se forçou a chamá-lo:— Tio.Cláudio respondeu:— Você tem ficado aqui com ele por muito tempo. Isabelly me disse que você nem almoçou, e agora já está quase escurecendo. Me deixe levar você para jantar.— Não tem problema, não estou com fome. — Disse Jaqueline, olhando ansiosamente para George. Ela queria ficar ali com ele.Caso contrário, pensava em como ele deveria estar assustado, sozinho, incapaz de se mover ou falar.Cláudio disse:— Eu sei que você quer ficar aqui com ele, mas no estado em que ele está, não vai adiantar nada você ficar sem comer ou beber. Além disso, ele ficaria preocupado. Você deve cuidar da sua saúde
Vendo a expressão desanimada de Jaqueline, Cláudio sorriu, um pouco constrangido, mas educadamente:— Desculpe, mencionar ele te deixou infeliz?Jaqueline respondeu:— Não estou infeliz, é só que já estou divorciada e não quero falar muito sobre ele.Jaqueline sentiu um aperto no peito. Ela raramente falava sobre Roberto em particular e nunca falava mal dele, mas aquele homem a interpretava mal, achando que ela o difamava por toda parte, quando na verdade ela nunca tinha feito isso.Mesmo naquele momento, ela não queria fazer isso.Cláudio assentiu:— Tudo bem, não falaremos mais sobre ele. Então, vamos falar sobre você. Você tem irmãos ou irmãs?Jaqueline balançou a cabeça:— Sou filha única, não tenho irmãos.— Ah, entendo. Então seus pais devem te amar muito, não é?Ao mencionar seus pais, Jaqueline sentiu uma pontada de tristeza:— Sim, mas infelizmente eles faleceram muito cedo.Se seus pais não tivessem morrido, ela e Roberto certamente nunca teriam se cruzado na vida.Ela pensou