— Então você sabe que não vem aqui com frequência, né! — Catarina bufou friamente. — Só aparece quando tem algum assunto. Se não, nem visita a sua avó. Se não fosse pela Jaque, eu, uma velha, estaria fadada a terminar meus dias na solidão.
Roberto se aproximou, se sentando ao lado de Catarina.
— Vovó, como isso seria possível? Eu prometo que, daqui pra frente, virei te visitar com mais frequência.
Catarina soltou uma risada sarcástica:
— Quantas vezes você já disse isso? Nem acredito mais em você.
— Vovó, o Roberto tem algo para te dizer, não é? Que tal ouvir o que ele tem pra falar? — A voz suave de Jaqueline ecoou.
Quando Roberto ouviu o nome dele saindo da boca dela, sentiu como se algo macio e quente o tivesse atingido no peito. Ele pensava que ela nunca mais chamaria seu nome.
Catarina bufou levemente:
— Tudo bem. — Ela virou o rosto para Roberto. — Diga, o que é que você quer falar?
O olhar de Roberto passou por Catarina e pousou novamente em Jaqueline. Ele estava