MIA
Adam arregalou os olhos, claramente confuso, enquanto o cano da arma pressionava firmemente sua testa. Vittorio, implacável, mantinha a postura firme, mas Adam não demonstrava o desespero típico de alguém em perigo iminente.
— Lily, segure a arma — Vittorio ordenou, com a voz baixa e gelada. — Vou amarrá-lo.
Assenti, pegando a arma com as mãos firmes, e a pressionei contra a testa de Adam, mantendo meu olhar fixo nele.
— Nem pense em tentar algo estúpido. Sei atirar muito bem — alertei, permitindo que minha determinação transparecesse na voz.
Adam engoliu em seco, mas, em um ato de desafio ou coragem, um sorriso irônico curvou seus lábios.
— Eu jamais duvidaria da sua habilidade, minha querida — murmurou, com um tom que parecia desdenhar do perigo. — Mas, afinal, o que querem de mim? Dinheiro?
Enquanto Vittorio terminava de amarrar Adam com movimentos ágeis e precisos, sua expressão mudou. O sorriso cínico e o ar despreocupado desapareceram, dando lugar a um olhar mortal, quase pre