MIA
Vittorio deu um sorriso sem jeito ao ouvir o que eu havia dito. O contraste entre sua presença imponente e o ambiente claustrofóbico parecia aumentar a tensão entre nós.
— Ninguém percebeu que algo de errado estava acontecendo? — ele perguntou, a voz grave ressoando como um eco no quarto silencioso.
— Não — murmurei, sentindo as lágrimas quentes rolarem pela minha bochecha. — Dei tantos sinais, mas ninguém percebeu. Ninguém ligou para a criança que havia se fechado para o mundo, que não sorria e não conversava com ninguém.
Vittorio engoliu em seco, a expressão em seu rosto mudando rapidamente de curiosidade para algo mais profundo, mais intenso. Ele