Nath narrando
Assim que eu soube dos tiros que rolaram no baile lá no morro do Pantera, meu coração disparou. Eu tava em casa, deitada, quase pegando no sono quando vi os stories cortando no meio, som sumindo, luz piscando. Em menos de dois minutos, já começaram a pipocar os áudios nos grupos. “Tiroteio no baile do Pantera”, “os cana subiu”, “correria da porra”.
Na hora nem pensei, peguei o celular e mandei logo uma mensagem pra Janete:
“Amiga, cê tá bem? Me responde pelo amor de Deus, vi que rolou treta aí!”
Fiquei olhando aquela tela, os três pontinhos que não apareciam nunca. Meu coração apertando mais a cada segundo. A Janete é minha parceira, minha melhor amiga, minha irmã de vida. E eu sei que ela não ia me deixar no vácuo se não tivesse alguma coisa séria acontecendo.
Me levantei da cama, andava de um lado pro outro, roendo unha, com a mente mil. Já pensava em pegar moto, subir o morro, fazer o que fosse. Mas eu também sabia que ali não era lugar de curiosidade. Era hora de co