Chegamos ao escritório central da Palace Real e fui imediatamente conduzida à minha mesa, uma estação de trabalho elegante, mas modesta, localizada na antessala do gabinete de Susan. O tempo estava correndo. Eu tinha uma hora antes da chegada do cliente.
A tarefa de Susan pairava sobre mim: "Reescreva a introdução do pitch. Use empatia. Crie uma conexão imediata."
Abri o documento no meu laptop. O pitch original era uma obra-prima de números e jargões financeiros, perfeito para acionistas agressivos, mas fatal para o CEO conservador e familiar, conforme o dossier indicava.
Eu me forcei a ignorar a adrenalina que ainda corria em minhas veias por causa do encontro matinal com Ethan. Eu precisava canalizar a Melanie de Recife, a garota que entendia de laços comunitários e confiança lenta e conquistada, e não a assistente que vestia tailleurs de grife.
Fechei a introdução de duas páginas. Apaguei o termo "maximização de shareholder value” e o substituí por algo sobre "construção d