As últimas horas foram um mergulho total na apresentação de amanhã. Eu não me permiti o luxo de revisitar a cena no restaurante ou questionar se deixar Thomas ali, sozinho, foi a decisão certa. Se eu começasse a pensar, desmoronava.
Ele também não procurou falar comigo depois disso. O silêncio dizia muito: ele entendeu que eu precisava de espaço para processar a avalanche dos últimos dias — e, sinceramente, ele também precisava decidir se o que aconteceu entre nós foi impulso… ou intenção real.
Enquanto me arrumava para encarar o CEO da empresa pela primeira vez — e apresentar dados capazes de mudar a história de algumas pessoas — um arrepio subiu na minha coluna.
Ricardo Vilanova. O homem que nunca vi na vida, mas que, quando subiu ao palco naquele evento, despertou uma familiaridade inexplicável. Hoje, finalmente, eu ficaria frente a frente com ele.
Ontem de manhã, Pedro simplesmente anunciou que eu faria a apresentação do relatório e ele faria as considerações finais. Sem cerimônia