CAPÍTULO 23

Emilly

Embora eu esteja atordoada e morrendo de medo, a presença de Cristiano é exatamente o que eu preciso em um momento como esse. Transmite segurança e me acalma. Quando sai de perto, como quando desceu para a padaria, é como se me soltassem de um avião sem paraquedas. Essa é a sensação que eu tenho. Acho que não sou tão forte como pensei.

Fico atenta às imagens, mas qualquer barulho me deixa nervosa. Como a porta, que é aberta abruptamente, batendo contra a parede e me assusta. Para meu alívio, é Evans entrando, desesperado.

— O que aconteceu? Como assim o apartamento foi invadido? — Se aproxima com os braços estendidos e me levanto, abraçando-o apertado. Mandei uma mensagem quando voltamos da padaria, contando o que houve. Volto a me sentar:

— Chegamos aqui, o banheiro tinha sido revirado, mas é... como se a pessoa soubesse onde o pen drive estava.

E ele puxa uma cadeira para o meu lado.

— Você disse para alguém onde o havia colocado?

— Não cheguei a falar nem para o Afonso. Não
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