Refúgio no Pub e a Confissão Silenciosa
Aaron Meneses
Eu tinha fugido do meu flat. O silêncio formal era ensurdecedor, e eu estava com um excesso de adrenalina não gasta. Eu não suportava mais as paredes frias que meu dinheiro comprou, nem a pressão invisível de ser o Presidente Meneses. Acabei em um pub conhecido na cidade, procurando anonimato em meio ao barulho.
Eu estava bebendo minha cerveja, observando o caos do final de algum campeonato de futebol, quando ela entrou.
Catarina.
Ela não parecia a empresária de sucesso, mas sim uma fugitiva. Ela escolheu uma mesa distante da algazarra, e a tensão em seus ombros gritava frustração e cansaço. Ela não voltaria para casa, não quando eu sabia que ele, Paul Evans, estaria esperando para provar que tem algum tipo de controle sobre ela.
Eu peguei minha bebida e caminhei até ela. Minha intenção inicial era ser o advogado, mas o olhar exausto dela me fez recuar para o papel de amigo.
— O que você faz aqui? — Perguntei, sentando-me em sua