Charlotte
Na mansão, só sentia uma aura de desolação. Estava tão triste com tudo o que estava a acontecer que começava a resignar-me ao sofrimento. Deitada na minha cama, olhava para o vazio enquanto as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. A minha mãe estava noutro quarto vigiada; ambas éramos vítimas de um sequestro na nossa própria casa.
«Quero que pares de chorar, Charlotte. Odeio ver-te assim o dia todo; quero que estejas feliz ao meu lado», Dorian sentou-se ao meu lado na cama e começou a acariciar a minha face.
«Se realmente queres ver-me feliz, o melhor que podes fazer agora é largar a minha casa, devolver-me o poder da minha companhia e deixar-me em paz. Juro-te que num instante seria a mulher mais feliz.»
«Ai, Charlotte! Claro que não. És a minha mulher a partir deste momento. Só gostaria que mostrasses um pouco mais de felicidade, nem que seja fingida. Estar o dia todo a fazer más-caras é esgotante.»
Endireitei-me na cama e sequei as minhas lágrimas.
«O que queres? Que