A ruína.
A imagem era turva, o objeto era apenas um envelope. Mas bastou para que a suspeita se instalasse como veneno.
Augusto bateu a mão na mesa, o estalo ecoando pelo escritório.
— Ela está entregando alguma coisa. — rosnou, o olhar faiscando. — Não pode ser coincidência.
O silêncio que se seguiu pesou mais do que qualquer palavra.
Cláudia franziu o cenho, cautelosa.
— Augusto… a filmagem está ruim. Não dá para afirmar o que foi entregue.
Thiago interveio de imediato, a voz firme.
— Eu concordo. Não é prova definitiva. Mas Navarro é conhecido por jogar sujo. Se for armação, não podemos morder a isca sem investigar.
Mas Augusto mal ouvia. Os olhos verdes ardiam em conflito, divididos entre a confiança cega que sentia por Eloise… e a imagem traiçoeira diante dele.
Ele respirou fundo, o punho cerrado bateu contra a mesa com um estrondo.
— Foi ela? — a voz grave reverberou pelo escritório como um trovão. — A Eloise?
Cláudia estreitou os olhos, inclinando-se par