O Invasor Entre Nós
O som do alarme cessou tão abruptamente quanto começou.
O silêncio que se seguiu foi estranho — pesado, quase artificial.
Nos corredores da MonteiroCorp, os seguranças se comunicavam pelos rádios, as vozes ecoando distorcidas:
> “Setor leste limpo.”
“Sala de servidores, nada anormal.”
“Dividam-se. Um em cada andar.”
No quarto andar, o invasor se manteve imóvel, respirando fundo atrás da porta das escadas.
Abriu uma fresta mínima, observando a movimentação no corredor.
Dois seguranças subiam apressados, lanternas em mãos.
O som das botas ecoava cada vez mais próximo.
— Merda… o que eu faço agora? — sussurrou para si mesmo.
Retirou as luvas rapidamente, enfiando-as no bolso.
Bagunçou o cabelo com as mãos, o rosto ainda coberto de suor.
Caminhou até sua mesa e ligou o monitor, tentando parecer calmo.
Quando os passos se aproximaram, ele fingia estar organizando alguns cabos e papéis.
Dez minutos se passaram.
A tensão no ar era quase p