O peso do silêncio.
Já tinha se passado dois dias, arrastados, como se o tempo fosse um inimigo.
Eloise se dividia entre a rotina da empresa, a angústia no hospital e as tentativas frustradas de encontrar um emprego. Mas nada parecia suficiente.
Numa tentativa falha de ocupar todo o tempo, buscava se manter ocupada apenas para não ter espaço para pensar nele.
No silêncio de sua casa, a dor dilacerava o peito de Eloise.
Ela até tentava ser forte, buscar a razão, mas o coração insistia em doer. Os olhos não continham as lágrimas.
E foi ali, no silêncio, que ela teve a clareza da dor que consumia sua alma
No hospital, a dor era constante. Seu pai já não estava mais apenas debilitado — estava no quarto, respirando por aparelhos. A cada dia sem a cirurgia, a sombra da perda se tornava mais real.
Eloise passava as mãos pelos braços, tentando se aquecer do frio metálico dos corredores, mas era um frio que vinha de dentro: medo.
Na busca desesperada, ela correu atrás de bancos. Sentou-se dian