A manhã seguinte não chegou — ela aconteceu devagar.
Como se o mundo tivesse decidido andar no ritmo deles.
A luz filtrava pelas cortinas claras, suave, dourada, e o quarto ainda guardava o cheiro da noite anterior: vela, perfume, vinho… e Thomas.
Sofia despertou antes dele.
Ou achou que tinha despertado — até perceber que Thomas já estava em pé, vestindo a camisa preta, arma na cintura, e observando ela pelo reflexo do espelho.
Não com pressa.
Não com distância.
Com aquele olhar dele que parecia dizer:
“Você é minha primeira paz do dia.”
— Bom dia, ruivinha. — ele disse sem virar totalmente, mas sorrindo de canto.
Sofia esticou o corpo na cama, ainda enrolada no lençol.
— Bom dia… namorado.
Thomas travou a fivela do coldre… e parou.
Devagar.
Como se a palavra tivesse entrado direto na espinha dele.
Ele virou de frente pra ela.
— Fala de novo. — pediu, a voz baixa, rouca.
Sofia riu.
— Namorado.
Thomas caminhou até a cama, ajoelhou um pouco, segurou o queixo dela co