Eu estava ali, aninhada contra o peito de Lorenzo, o corpo dele quente, firme, a respiração agora calma. Só que dentro de mim… nada estava calmo.

Respirei fundo, mordendo o lábio antes de soltar:

— Eu preciso te dizer uma coisa. — minha voz saiu hesitante, quase tímida. — Você promete não rir?

— Prometo. — ele murmurou, acariciando meu cabelo como se me embalasse. — Pode falar.

— Faz dois anos que eu não… sabe, não fazia nada disso. — soltei rápido, escondendo o rosto no peito dele. — Eu entrei num celibato. Tipo, quase virando uma freira, eu não sentia atração ou desejo por ninguém…

Ele riu baixinho, um som grave e delicioso que me fez estremecer.

— Dois anos? — repetiu, incrédulo. — Então eu quebrei seu jejum?

— Idiota. — dei um tapinha leve nele, mas sorri. — É sério. Eu tinha até esquecido como era… me entregar pra alguém. — Fiz uma breve pausa — Na verdade, não é só isso. Eu já tinha estado com outras pessoas antes… mas nunca foi assim. Nunca.

El