A porta do carro se fechou com um estalo seco, abafado pelo isolamento acústico. Camille foi empurrada para o banco traseiro, o cinto passado por cima dela de forma brusca, automática. Lucas foi jogado ao lado, segurando o estômago onde havia levado o golpe, mas mantendo a postura ereta, digna. Um dos homens sentou ao lado deles, outro, na frente. um terceiro dirigia.
Todos em silêncio. O carro arrancou, deixando a frente da clínica para trás. Camille olhou pela janela viu a fachada encolhendo, e então o carro dobrou a esquina, apagando a imagem. A estrada começou a esvaziar, as casas ficando mais raras. Lucas soltou o ar devagar.
— Você está bem? murmurou, sem virar totalmente o rosto.
— Estou, Camille respondeu. E você?
— Vou ficar.
O homem ao lado deles virou o rosto devagar, avaliando a troca. Camille não vacilou, não desviou o olhar. O homem voltou a olhar para frente. Lucas aproximou-se um pouco, tentando falar sem chamar atenção:
— Eles não vão pra lugar público. Isso aqui é