De volta à sala dela, Adam abriu novamente a pasta e começou a anotar dados. O silêncio entre eles, tinha peso. Peso de passado. Peso de coisas não ditas. Peso de verdades que nenhum dos dois estava pronto para enfrentar. Camille tentava se concentrar em qualquer coisa, na mesa, nos papéis, na janela, mas era inútil. O ar parecia mais denso com Adam ali. Presença demais. Memória demais. Até que ele quebrou o silêncio.
— Não tive tempo de te fazer uma pergunta ontem.
Camille gelou.
— Que pergunta?
Adam ergueu os olhos, firmes, inquisidores.
— Se você está bem.
Ela respirou fundo, tentando manter a compostura.
— Eu estou. Respondeu rápido.
Rápido o suficiente para que qualquer pessoa percebesse que era mentira. Adam não discutiu. Não a contrariou. Mas o olhar dele… dizia que ele sabia. Ele fechou a pasta devagar, entrelaçando os dedos como quem organiza pensamentos antes de falar.
— Westbridge te fez bem. Comentou, quase casual. Você construiu bastante coisa aqui.
— E isso te surpreende