Pov. Narrador
A semana se arrastava, uma mistura de dias longos e noites curtas. Desde o confronto com Ethan, Isabella não conseguia dormir direito. Cada vez que fechava os olhos, a voz dele ecoava — aquela confissão inesperada, sincera e dolorosa:
“Clareza sobre o que ainda sinto por você"
Essas palavras vinham como ondas, quebrando contra a parede que ela tentava erguer dentro de si. Não era só saudade. Era algo mais denso — uma mistura de raiva, carinho e medo. O tipo de medo que nasce quando você percebe que ainda ama alguém que pode te destruir novamente.
Naquela manhã, Isabella acordou antes do sol nascer. Ficou ali, deitada, olhando o teto, sentindo o coração bater num ritmo estranho. Queria voltar a dormir, mas o silêncio do quarto só a fazia pensar mais.
Levantou, preparou café e sentou-se à mesa com o laptop aberto. Tentava revisar relatórios, mas os olhos sempre voltavam para a janela, onde o céu clareava aos poucos.
O celular vibrou. Uma mensagem de Adrian.
Adrian: “