Eu já não sabia mais quanto tempo havia se passado desde que aquela prisão começou.
O silêncio ao meu redor, apenas interrompido pelo ocasional som de passos ou de vozes abafadas nas paredes, me fazia perder completamente a noção da realidade.O medo e a dor já haviam se entrelaçado de forma tão densa dentro de mim, que eu me sentia como se estivesse flutuando em um abismo sem fim.A cada novo olhar para aquele líder, eu me sentia mais pequena, mais perdida.Eu não sabia se Isaías ainda estava vivo.Não sabia se conseguiria sobreviver a tudo isso.Só sabia que a cada momento que passava, minha alma parecia estar mais distante de mim mesma.Foi então que a porta se abriu.Eu não estava esperando nada, nem sequer um som, mas ela se abriu com um rangido suave.Uma mulher entrou, e algo no ar mudou instantaneamente.A mulher tinha uma expressão de autoridade que eu raramente vi em outra mulher ali, e a maneira como ela olhou para mim foi