Depois de tudo que aconteceu com Sophie, senti que precisava agradecer a Isaías.
Não era só o médico que eu via ali; havia algo mais nele que me intrigava e, ao mesmo tempo, me frustrava.
Deixei Alice em casa com a babá e me dediquei a ficar com Luana e Charles no hospital.
Mas meu coração estava inquieto.
Sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que falar com Isaías.
Quando as coisas finalmente se acalmaram, fui até a sala dele.
Encontrei-o sentado, com a cabeça baixa e os ombros tensos.
O cansaço estava estampado em cada linha de seu rosto.
— Doutor Castellar? — chamei da porta, tentando medir minhas palavras.
Ele ergueu os olhos, mas sua expressão estava tão dura quanto sempre.
— O que foi, Alby? — perguntou, seco.
Fechei a porta atrás de mim e respirei fundo.
— Eu só vim agradecer — comecei, sentindo a tensão no ar — Pelo que você fez por Sophie. Por tudo.
— Não precisa disso. Eu fiz o que tinha que fazer. É o meu trabalho — respondeu, com um tom impaciente.