Se for preciso, eu me destruo mil vezes.
POV Felipe
  Quinze dias.
  Malditos quinze dias.
  E eu ainda não sabia porra nenhuma.
  Nada.
  Nenhuma pista. Nenhum rastro. Nenhuma resposta que fizesse sentido.
  E agora esse merda de detetive tinha a audácia de olhar na minha cara e dizer, pela milésima vez, que não encontrou nada?
  — VOCÊ TÁ DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA, NÉ? — Minha voz saiu tão alta que os vidros das janelas tremeram. — QUINZE DIAS! MALDITOS QUINZE DIAS E VOCÊ NÃO TEM NADA PRA ME DIZER?!
  O filho da puta do detetive respirou fundo, tentando manter a pose de profissionalismo, mas eu vi o desconforto no olhar dele.
  — Alteza, estamos investigando todas as possibilidades, mas…
  — MAS O QUÊ?! — Eu bati a mão na mesa dele com tanta força que uma pilha de papéis caiu no chão. — VOCÊ TÁ SENDO PAGO PRA ME DAR RESPOSTAS, NÃO DESCULPAS!
  Minha respiração estava pesada, meu coração batia rápido, minhas mãos tremiam de raiva.
  Ódio.
  Frustração.
  Desespero.
  Eu não dormia. Não comia. A cada minuto, minha mente