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Enjaulada no Parto

Enjaulada no PartoPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Mariana Alves  Completo
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Resumen
Índice

Eu estava grávida de oito meses e havia acabado de entrar em trabalho de parto, mas meu companheiro Alfa, Damien, me trancou numa jaula de prata no porão para atrasar meu parto. Quando gritei por ajuda, ele apenas me disse para esperar. Porque a companheira do seu falecido irmão, Victoria, também estava dando à luz naquele dia. A Vidente da Alcateia havia profetizado que apenas o primeiro filhote nascido seria abençoado pela Deusa da Lua e se tornaria o futuro Alfa. — O título pertence ao filho de Victoria. — Ele disse. — Ela perdeu Marcus. Ela não tem nada. Você já tem todo o meu amor, Elena. A jaula de prata vai garantir que você dê à luz depois dela. As contrações eram uma tortura. Implorei para que me levasse à clínica. Ele agarrou meu queixo e me forçou a olhar para ele. — Pare de fingir. Eu deveria ter percebido que você nunca me amou. Tudo o que você sempre se importou foi com riqueza e status! — Forçar seu trabalho de parto mais cedo, só para roubar o que pertence ao meu sobrinho... Você é realmente perversa. Pálida e tremendo, sussurrei: — O filhote está vindo, não consigo parar. Por favor, farei um juramento de sangue. Não me importo com a herança. Eu só amo você! Ele zombou. — Se você me amasse, não teria forçado Victoria naquele contrato para abrir mão do direito de nascença do seu filhote. Voltarei para você depois que ela der à luz. Afinal, esse também é meu filhote aí dentro. Ele ficou de guarda do lado de fora da sala de parto de Victoria. Só depois que viu o filhote recém-nascido nos braços dela é que se lembrou de mim. Ele ordenou ao seu Beta que me libertasse. Mas a voz do Beta tremia. — Luna... e o filhote... eles estão mortos. E naquele momento, Damien enlouqueceu.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Eu me arrastei em direção às barras da jaula de prata.

Assim que o portão se fechou com estrondo, as barras de prata desceram sobre meus dedos.

Ouvi o som nauseante dos meus ossos se espatifando.

A nova agonia, somada às contrações, arrancou um grito da minha garganta.

Mas Damien, com a mente já focada em Victoria, estava surdo aos meus gritos.

Senti um jorro quente entre as pernas. Minha bolsa havia estourado.

O pânico tomou conta de mim.

Me forcei a me acalmar, tentando me conectar através da ligação mental para pedir ajuda.

Mas Damien... ele havia cortado minha ligação mental com o resto da alcateia.

O filhote dentro de mim chutava sem parar, como se tentasse se rasgar para sair.

Eu estava encharcada de suor, ou talvez sangue.

Conseguia sentir minha loba, minha própria essência, sendo selada pelo veneno da prata.

Gritei com toda a força que me restava, me agarrando ao último fio de esperança.

Finalmente, ouvi passos lá fora.

— Por favor, me ajudem! — Gritei. — Estou trancada na jaula de prata! Estou prestes a dar à luz!

Repeti isso várias vezes, pensando que estava salva.

Mas então ouvi uma voz, pingando de satisfação arrogante.

— Ora, ora, Elena. Olha só você agora. Damien deveria ter te colocado no seu lugar há muito tempo.

Era a irmã de Damien, Sophia.

Apertei os olhos, tentando manter a voz firme.

— Sophia, por favor, apenas me tire daqui. O bebê está vindo. Não posso esperar.

Sophia abriu a porta do porão e ficou me encarando.

Por um segundo, pensei que ela fosse me ajudar.

Em seguida, ela chutou a jaula, o barulho furioso ecoando no pequeno cômodo.

A voz dela era afiada como vidro quebrado.

— Te tirar daqui? Para que você possa atrapalhar o parto de Victoria? Damien me mandou vigiar você porque ele sabia que você aprontaria algo assim.

— Dê um desconto para o Damien, Elena. Ele já tem problemas suficientes sem você causar mais confusão.

— O herdeiro desta alcateia será o filho de Victoria! Não pense que seus truquezinhos vão mudar isso!

Outra contração violenta arrancou um grito de mim.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto ofegava:

— Meu filho não vai se importar com o título de Alfa. Eu não quero nada da fortuna! Apenas diga ao Damien para me soltar, e juro que vou desaparecer das suas vidas para sempre.

Meu grito pareceu irritá-la.

Ela fez uma careta e resmungou:

— Vadia. Quem você está tentando chamar com toda essa gritaria? Você me dá nojo.

Então, ela abriu uma ligação mental com Damien.

O veneno da prata e a dor lancinante estavam me puxando para baixo.

— Sim, Damien, não se preocupe. Vou ficar de olho nela. — Ela disse.

Quando senti a presença de Damien através do nosso vínculo de companheiros, uma faísca de esperança se acendeu em mim.

Gritei com tudo que tinha:

— Damien! O filhote está vindo! Agora! Por favor, diga à Sophia para me levar à clínica! Rápido!

Eu estava uivando agora, sem conseguir me controlar.

Sophia hesitou. Ouvi ela sussurrar na ligação:

— Damien, acho que ela pode estar realmente em trabalho de parto. Não parece que ela está fingindo.

— Talvez eu devesse levá-la à clínica. Ela está carregando seu único filhote, afinal. Se algo acontecesse...

Damien fez uma pausa por alguns segundos, como se estivesse pensando.

Então seu tom se suavizou:

— Tudo bem, leve ela...

Mas então uma voz delicada interrompeu do lado dele:

— Damien, querido, estou com sede de néctar de pétalas lunares. O curandeiro disse que preciso da energia lunar extra para ter força para fazer força.

— Ah, a Elena está prestes a dar à luz? Não se preocupe, não dói nada! Mal sinto alguma coisa. Olha, eu poderia levantar e dançar para você agora mesmo. Elena tem uma linhagem pura; ela ficará bem.

Claro que ela não estava sentindo dor.

Toda a instalação médica da alcateia havia sido transferida para sua suíte de parto particular e de última geração.

Ela estava sendo mimada de todas as formas possíveis.

As palavras de Victoria foram tudo que bastou.

A voz de Damien ficou dura como aço.

— O que poderia acontecer? Ela é uma mestre da manipulação. Ela nunca se deixaria entrar em problemas reais.

— Ela está apenas gritando para te enganar e fazer você deixá-la sair. Não caia nessa!

A ligação mental se cortou bruscamente.

Furiosa por ter levado uma bronca de Damien, Sophia se voltou contra mim.

Ela sacou uma adaga de prata pura e caminhou em direção à jaula.
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