“O amor não grita no peito, ele sussurra nas entrelinhas do que nunca foi dito.”
— Yumi, autora
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A manhã nasceu com cheiro de lenha e pão quente. Na casa dos Duarte, tudo parecia em harmonia — ou quase tudo. Rafael, com uma vara de pesca improvisada no ombro, anunciou animado:
— Hoje é dia de pescar! Almoço de verdade, nada de comida congelada!
— Vai me fazer cozinhar? — Helena provocou.
— Que nada! Eu vou pescar e vocês assam. É trabalho em equipe, mulher! Ayla, bora?
Ayla sorriu, calçando as botas:
— Preparada pra te humilhar, pai. Da última vez, peguei o dobro de peixes.
— Isso foi sorte! — respondeu ele, apontando o dedo para ela como um rival.
A manhã foi recheada de risadas, competição e pequenas provocações. Helena e Ayla dominaram a pescaria. Rafael, frustrado por ter pegado apenas um peixe minúsculo, resmungava:
— Eu sou o provedor dessa casa e ninguém me respeita!
— A gente respeita, só não respeita sua técnica de pesca — Ayla debochou, e os três riram.
Fizeram o almoço a