Ao vê-la entrar, Anselmo levantou uma sobrancelha:
— Não disse que morreria de fome antes de colocar os pés nesta casa de novo?
Marília, furiosa, caminhou até ele:
— Foi você quem fez isso, não foi?
Anselmo a observou, percebendo que a maquiagem dela estava borrada, os olhos inchados e os cílios úmidos. Claramente, ela tinha chorado. Embora sentisse um peso no peito, seu rosto ainda exibia um sorriso debochado:
— O que é que eu fiz?
— Diógenes, foi você quem mandou bater nele!
Marília estava tremendo de raiva.
— Se ele levou uma surra, é porque não tem capacidade. O que isso tem a ver comigo? — Disse Anselmo, calmamente, enquanto colocava a xícara de café na mesa. Ele levantou os olhos para encará-la e sorriu de forma cínica e desdenhosa. — Eu achei que ele fosse alguém de importância. O Rômulo disse que você encontrou um namorado incrível, mas olha só no que deu, Mimi, seu gosto é péssimo!
Marília, enfurecida, levantou a mão e lhe deu um tapa.
O som foi estridente, um estalo seco e al