No dia seguinte, ao ver Leandro, o humor de Marília estava péssimo. Já tinha gritado, brigado, xingado, mas ele simplesmente não ia embora. Só restava ignorá-lo.
Após o café da manhã, o homem perguntou quais eram os planos dela para o dia. Marília já havia deixado todo o trabalho da loja nas mãos de Neide e, como as gravações da equipe estavam prestes a começar, sua ideia era relaxar naqueles dias.
Queria ficar em casa, deitada, lendo um livro ou acompanhando alguma série. Mas, com Leandro também presente naquela casa, o jeito era sair para trabalhar.
Quando Leandro ouviu que ela iria para a loja, se ofereceu para levá-la de carro.
Marília sabia que, mesmo recusando, ele a arrastaria até lá à força. A diferença física e de força entre um homem e uma mulher era algo que ela já tinha sentido na pele.
Assim que entrou no carro, Marília colocou o cinto de segurança e se recostou no banco, virando o rosto para a janela, sem dizer uma palavra. Da fúria intensa dos dias anteriores, ela agora