— Mas eu não pedi para você vir me buscar.
— Você já passou por uma situação parecida antes. Fiquei preocupado.
Marília se lembrou da noite em que foi sequestrada por um taxista e levada para os arredores da cidade. Foi Leandro quem apareceu a tempo e a salvou.
A lembrança daquele episódio sombrio fez com que ela apertasse os lábios e permanecesse em silêncio.
Leandro dirigiu de volta para o Residencial Brisa do Mar, e os dois subiram juntos.
Marília apertou o botão do 17º andar. Leandro morava no 16º, mas não apertou nenhum botão.
Quando o elevador parou, Marília saiu, e ele a seguiu.
Ela se virou, visivelmente irritada.
— Leandro, por que está vindo comigo para casa?
Ele respondeu com naturalidade:
— Comprei alguns mantimentos ontem e ainda tem coisa que não comi. Estou com fome, vou preparar algo para mim.
— Então leva as coisas para o seu andar. Eu preciso descansar.
Marília abriu a porta e entrou. Leandro veio logo atrás. Sabendo que ele talvez tivesse outras intenções, Marília fi