Leandro empurrou a porta e entrou no quarto. Seu olhar sombrio e gélido percorreu a ampla e bem-iluminada suíte presidencial, mas não encontrou sinal de Marília. A cama de casal, com dois metros de largura, estava com os lençóis amassados, evidenciando que alguém havia deitado ali.
Ele viu um par de sapatos de salto alto.
A luz do banheiro estava acesa. Leandro entrou e viu uma mulher deitada silenciosamente na banheira, de olhos fechados.
Aproximou-se imediatamente, ajoelhou-se e mergulhou a mão na água. Estava gelada.
Leandro franziu a testa com força e, sem hesitar, retirou-a da banheira.
No instante em que o corpo dela, quase nu sob o tecido encharcado e transparente, surgiu diante de seus olhos, sua respiração ficou suspensa por um segundo. Ainda assim, envolveu-a nos braços e saiu do banheiro com ela.
Marília abriu os olhos marejados, fitando o queixo marcante dele a poucos centímetros de distância por um breve momento.
— Leandro.
Leandro abaixou a cabeça ao perceber que ela havi