Marília virou a cabeça, atônita:
— O que você quer dizer com isso?
Cipriano não olhou para ela, apenas segurou firmemente o volante.
— Estamos terminando.
Marília fitou o perfil dele, frio e sem vida:
— Por quê?
— Você sabe muito bem.
A garganta de Marília secou:
— Eu já apaguei todas elas. Não vou mais me encontrar com ninguém do grupo.
— Mimi, esse é o seu círculo. Eu não quero que você faça esse tipo de sacrifício por mim. Se, para ficar comigo, você tem que passar por isso, é melhor nos separarmos.
Marília ainda queria dizer algo.
Cipriano falou antes:
— Tenho um compromisso à noite. Tente descansar.
Marília não teve outra escolha senão descer do carro.
Subiu os degraus devagar, mas virou-se para olhar mais uma vez.
Cipriano já estava indo embora com o carro.
Ao chegar em casa, Marília largou a bolsa de lado e se jogou no sofá. Não sabia quanto tempo havia passado quando a fome começou a incomodar. Mas ela não tinha vontade de cozinhar nem de pedir comida.
Estava com o humor péssim