Ao ouvir isso, Marília deixou um sorriso sutilmente irônico surgir nos cantos de seus lábios:
— E o que adianta descobrir a verdade? O filho vai voltar? — Sua voz de repente se elevou, carregada de um tremor reprimido. — Leandro, você vem até a minha porta agora… Não acha que já é tarde demais?
— Eu sei que é tarde... — Leandro deu um passo à frente, segurou a mão de Marília e disse. — Mas eu não posso permitir que você passe por esse sofrimento...
— Meu sofrimento? — Marília deu uma risada abafada. — Comparado àquele filho que não teve nem chance de ver o mundo, meu sofrimento não significa nada?
Sua voz se calou de repente, como se algo tivesse entalado-lhe na garganta. Quando ela falou novamente, já havia um tom de choro em sua voz:
— Vá embora. Eu não quero ver você nunca mais.
Leandro sentiu como se seu coração fosse apertado por uma mão invisível. Ele mal conseguia respirar.
A chuva caía cada vez mais forte, entrando pela janela do corredor e molhando suas costas, mas a sensação