Marília sentiu um aperto no coração e quase soltou as palavras imediatamente:
— O que você quer fazer? — Antes que a pessoa do outro lado falasse, ela já estava apavorada e avisou. — Anselmo, não vou permitir que você cause problemas para o Cipriano. Se você ousar fazer algo, não vou te perdoar!
— Você ainda chama ele de Cipriano com tanta intimidade! — Anselmo respondeu com uma voz sinistra do outro lado da linha. — Quanto mais você se importa com ele, mais difícil vou tornar a vida dele!
Marília apertou o celular com força, seus dedos ficando brancos, e forçou-se a manter a calma.
— Anselmo, estamos em uma sociedade regida pela lei. Não fique achando que, porque tem um pouco de dinheiro, pode fazer o que quiser. Quem faz coisas erradas, uma hora vai pagar por isso! Já pensou nos seus pais? Você é o único filho deles. Eu não quero que você faça algo errado por minha causa. — Marília tentou pensar rápido e, com o máximo de calma possível, continuou. — Eu sei que não vamos voltar, mas a