Dessa vez, Marília nem perguntou e já serviu duas tigelas de arroz, se sentando à mesa junto com ele.
Leandro franziu as sobrancelhas e a observou. Seu olhar claramente a questionava:
"Por que ela aparecia ali sem ser convidada novamente?"
Marília fingiu não perceber a falta de boas-vindas. Pegou os talheres ainda limpos e colocou um quiabo no prato dele, sorrindo:
— Esse prato é feito com frango e quiabo. Experimente e veja se gosta.
Ao se deparar com o olhar cheio de expectativa e a tentativa de agradá-lo, Leandro se lembrou do jeito como ela lhe oferecera água com mel na hora do almoço. O mesmo olhar. Parecia um cachorrinho abanando o rabo, tentando ganhar sua simpatia.
Ele sabia que não queria que ela se aproximasse, mas, desde aquela noite no hotel, quando lhe ligou, Marília começou a aparecer repetidamente em sua vida.
Na verdade, ele não deveria tê-la levado para casa.
— Uma garota como você não devia ficar vindo aqui o tempo todo.
Era uma rejeição direta e clar