Mas ela logo conteve o arrepio e se virou para sair.
Cipriano colocou o chapéu e a máscara, ajeitou a aba do chapéu e a seguiu.
Os dois caminharam sem rumo pelo shopping, nenhum dos dois falou uma palavra.
No WhatsApp, ele parecia falante, mas agora, ao segui-la, estava completamente silencioso.
Marília, com o balão nas mãos, andava à frente, também sem dizer nada. O silêncio entre os dois aumentava a sensação de desconforto e constrangimento. Depois de um tempo, Marília parou e se virou para perguntar:
— Quer comer alguma coisa?
Os olhos de Cipriano, negros e brilhantes, a observaram. Ele assentiu com a cabeça:
— Sim.
Marília o olhou nos olhos e sentiu o calor e a afeição dele. Quando a palavra "afeição" surgiu em sua mente, ela se sentiu ainda mais desconfortável e rapidamente desviou o olhar.
Ela pegou o celular para procurar, em um aplicativo de comida, o que havia de bom por ali.
Foi quando Cipriano falou:
— Eu sei de um bom restaurante de comida japonesa aqui perto, quer experime