A voz do outro lado era suave:
— Para onde você quer ir? Eu faço a reserva.
Marília realmente não estava com vontade de comer. Conteve a raiva e, de forma indiferente, mencionou o nome de um restaurante.
— Eu vou te pegar agora.
— Não precisa, eu vou de táxi. — Disse Marília, desligando o telefone.
Ela pegou um táxi e, ao entrar no restaurante, viu Leandro sentado lá dentro.
Quando o homem levantou os olhos e sorriu para ela, a expressão de Marília se tornou ainda mais fria. Ela se aproximou e se sentou na cadeira à sua frente.
Leandro, sorrindo, estendeu o cardápio para ela.
Marília colocou o cardápio ao lado e, olhando-o com frieza, disse:
— Leandro, o que você quer dizer com isso?
Leandro, por ser ele quem a convidou, estava de bom humor. Mas, ao ver o olhar gelado de Marília, percebeu que ela estava irritada.
Antes que ele pudesse falar algo, Marília continuou:
— Talvez seja porque no começo fiz algo que não deveria, e você ficou com a impressão de que sou uma mulher... muito fácil