Meia-noite.
A luz laser, em formato esférico, iluminava o bar de maneira quase sugestiva.
Jovens, vestindo roupas leves, dançavam colados ao redor da piscina de bebidas, criando uma atmosfera quente e animada.
Helena estava sentada no balcão, bebendo um coquetel, com o olhar distante e melancólico.
— Oi, não é a grande talentosa? — Uma voz zombeteira e despretensiosa se ouviu.
Helena levantou os olhos e viu Raulino. Ela sorriu.
— Você também veio?
Raulino sentou-se ao lado dela e pediu ao barman um copo de uísque.
— Estou aqui com um cliente, conversando sobre alguns assuntos. Vi você e resolvi dar uma passada.
— Que tipo de cliente faz com que o grande chefe venha pessoalmente?
— Ser chefe também exige socializar. Se você não der a mínima para os outros, quem vai querer fazer negócios com você? — Raulino pegou o copo de uísque, deu um gole e inclinou a cabeça. — E você? O que está fazendo aqui sozinha, bebendo?
O sorriso de Helena vacilou, ela abaixou os olhos, gir