Na tarde de terça-feira, Marília chegou ao restaurante ocidental no horário combinado.
Aproveitando que o outro ainda não havia chegado, ela organizou novamente os esboços de design que produzira nos últimos dias, mentalmente se preparando para a reunião. Precisava se sair bem e tentar fechar a parceria.
Alguém bateu na mesa dela. Marília levantou os olhos e viu um homem alto e magro, com boné e máscara, cuja presença emanava uma aura fria. Quando seus olhares se cruzaram, seu coração disparou de repente, batendo forte, e ela abriu os olhos involuntariamente.
— Vem comigo.
O homem deu um passo à frente e começou a caminhar.
Marília ficou parada por dois segundos, até perceber o que estava acontecendo. Apanhou rapidamente suas coisas e o acompanhou.
O garçom os conduziu até uma sala privativa com discrição.
Depois que o homem se sentou, ele retirou o boné e a máscara. Ao olhar para Marília, que estava de pé, tímida ao lado, ele sorriu levemente:
— Por que não se senta?