P.V. Layla Barrett
Sentir meu corpo queimar, mas não é como se eu estiver sem contato com o fogo. É como se algo perfurar a minha pele tantas vezes e a quentura do objeto me faz estremecer. Não me mexia. Por mais que quisesse me mexer e correr, não fiz. Também não tinha meus olhos fechados e não conseguia abrir. Onde estou? Daniel? Gritava em minha mente e não tinha resposta.
– Abra os seus olhos. – Ouvi uma voz dizendo. – Você só tem que abrir os seus olhos.
Eu não conseguia reconhecer quem era aquela voz. Mas as perfurações que sentia contra o meu corpo, foram parando aos poucos. Meu corpo estava sendo levantado e comecei a me desesperar. Como se estivesse abrindo meus olhos pela primeira vez, forcei as minhas próprias abrir. Vi o rosto da minha mãe e um branco atrás dela, ela sorriu para mim e tudo sumiu. Agora era outra pessoa que me olhava.
– Layla! – Daniel me sacudia em seus braços. – Ei, fala comigo, meu amor. – O desespero em sua voz me fez despertar completamente.
– Eu… – Se