O esconderijo de Helena agora operava como um centro de inteligência.
As paredes antes nuas estavam cobertas por mapas, fotos, linhas vermelhas interligando nomes, datas, localizações e registros corrompidos. Dominus era um fantasma em tudo. Mas o foco agora era outro: Cael.
— Ele é imprevisível — disse Noah, apontando para o que sabia. — E perigoso. Mas existe uma falha em toda arma: o criador sempre deixa uma saída. Um código. Um comando.
— Você acha que Dominus teria feito isso com o Omega? — Helena questionou, desconfiada.
— Dominus não é burro. Ele criou Cael como um deus… mas até deuses podem cair. E Dominus nunca entrega todo o poder.
Eva, sentada em um canto com um tablet no colo, ergueu os olhos.
— Então precisamos do criador. Ou de quem o ajudou.
Noah e Helena se entreolharam. E foi aí que ela disse:
— Eu conheço alguém.
O endereço ficava em Lisboa. Um bairro antigo, no alto de uma colina. Casas apertadas, ruas de pedras, roupas penduradas nos varais. Tudo contrastava com o